Nelson Sant'Ana

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Cake day: July 10th, 2023

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  • Discordo, porque a maneira como foi produzida, as relações sociais envolvidas, e o custo em termos de soberania importam.

    Quem compra iPhone não está ajudando a classe trabalhadora. Ajuda sim o patrão. E ajuda a perpetuar aquele modo de produção exploratório. Se tudo pertence a classe trabalhadora, é lícito consumir produtos advindos de escravidão, de tortura, de todo tipo de violência? Penso que não.

    Se existe uma alternativa que empodere mais a classe trabalhadora, é melhor consumir esta.

    Esse drama de iphone é porque o consumista médio não quer ser responsável pelo seu consumo. Mas existe uma maneira de desarmar isso: O que é melhor, comprar produtos da agricultura familiar e do MST, ou comprar do agronegócio? Se tudo pertence a classe trabalhadora, é indiferente comprar de um ou de outro. Mas não é assim que agimos, não é? Muitos preferem, se tiverem oportunidade, comprar da agricultura familiar e do MST, tanto por motivos de saúde como por motivos de empoderamento a classe trabalhadora.

    Exatamente o mesmo acontece com qualquer produto, iphones inclusos. Portanto, não é porque tudo pertence a nós que tudo deve ser desejável por nós. Pertence a nós porque somos nós quem produzimos, porém isso não quer dizer que toda produção é desejável. Aquilo que advém de produções violentas deve ser evitado.










  • Uso emacs diariamente, e ele é excelente mesmo.

    Duas dicas: Use o org-mode para se organizar, é de monge o melhor software do ecossistema. Também serve para literate programming.

    E tente usar as keybindings padrão por um tempo. Algo que notei é que o workflow esperado no emacs é diferente do vim. O emacs priveligia a busca. Não tente saltar linhas, ou ir clicando. Vai de C-s pra busca, e já digita a palavra que quer. É bem mais prático e versátil. Os movimentos são mesmo para detalhe. O emacs se destaca pelas possibilidades de busca.






  • As principais distribuições básicas do Linux podem ser testadas sem requerer instalação. Elas rodam diretamente do pendrive. Recomendo baixar o Linux Mint (é completo, já vem com bastante coisa configurada, e éfácil). Também recomendo instalar um programa chamado Ventoy no seu Windows, para poder preparar seu pendrive para “bootar” o Linux. Depois do pendrive preparado, basta colocar o arquivo do Linux (um do tipo .iso) no pendrive, e fazer o processo de inicialização.

    Quando estiver rodando o Mint recomendo testar não só a impressora, mas também a internet, a entrada hdmi, etc. Faz anos que nada disso dá problema, mas como seu PC é antigo, é bom testar.

    Com o ventoy, você pode instalar mais de uma distribuição no pendrive, e testar mais de uma. Recomendo, já que a máquina é fraca, o Linux Mint ou o Xubuntu ou o Kubuntu. De minha opinião, o Linux Mint é o mais fácil e rápido.

    Você também vai perceber que os programas não diferentes. Não tem o Microsoft Word, por exemplo, mas tem o LibreOffice. Mas a adaptação é rápida.




  • Vejo das distros pelo modelo de distribuição dos pacotes (dai o apelido distro). Elas se dividem quando ao modelo de organização dos pacotes, frequência de atualização da versão “oficial”, e método de instalação. O KaOS parece ser apenas mais uma distro rolling release. Já tem tantas. Só precisamos de Debian, Arch, Guix/Nix, Gentoo, uma ou outrs especializada qie faz uma coisinha realmente importante e diferente. Mas na prática, é Debian ou Arch, e se vc quiser o modelo de distribuição transacional para sistemas reprodutíveis, Guix ou Nix. O resto é instalar pacote da mesma maneira, não muda muito. Uma distro não é nada mais que seu “instalador”. Se a filosofia dele é a mesma, não precisa ter outra.

    Mais importante que a distro são os pacotes q vc instala. Mudar de distro para reinstalar o mesmo firefox, vim, libreoffice, etc. Ainda mais em tempos de flatpak, que torna todo sistema mais ou menos o mesmo.


  • Sim, serão o futuro. Os softwares modernos são cada vez mais complexos, com cadeias de dependências enormes. Deixar isso a cabo das distribuições tem sido um problema de recursos humanos, pois cada base tem que tratar o código individualmente. Transferir esse trabalho para um sistema agnóticos poupa tempo e esforço das equipes.